sexta-feira, 15 agosto 2025

Estrada do Parque da Serra da Canastra será reformada com investimentos de R$ 51 milhões



Recursos virão da Eletrobras, que foi privatizada. Objetivo é proteger a nascente do rio São Francisco

Legenda: Vista aérea do Parque Nacional da Serra do Canastra (Divulgação)

A estrada de acesso ao Parque Nacional da Serra da Canastra, reserva onde nasce o rio São Francisco, em São Roque de Minas, será reformada ao custo de cerca de R$ 51 milhões oriundos da Eletrobras.

Além de restabelecer as condições de trafegabilidade da via, a revitalização do trecho visa reduzir o assoreamento dos cursos d’água e conter a perda de solo em uma das áreas de maior relevância ecológica do Brasil.

Na prática, o esforço significará a proteção da nascente do rio São Francisco, na Serra da Canastra. As obras serão executadas pela Eletrobras e foram indicadas pelos ministérios de Minas e Energia (MME) e da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR).

A reforma da estrada deve também beneficiar a biodiversidade e a qualidade da água da bacia do São Francisco. No processo de revitalização, haverá plantio de mudas, revegetação e estabilização do solo.

Além disso, a melhoria da via representará vantagens diretas à população que acessa o parque e às equipes que promovem o monitoramento ambiental e a manutenção do local, pois vai promover mais segurança no acesso e fortalecer a logística entre os municípios do entorno.

Recursos foram assegurados pela Eletrobras durante desestatização

Os recursos virão da própria empresa de energia: em 2022, após ser privatizada, a Eletrobras assumiu o compromisso de fazer repasses financeiros anuais para programas de desenvolvimento regional e revitalização ambiental, previstos em lei.

A aplicação dos valores, porém, é definida pelo governo federal, sob a coordenação dos ministérios citados e está inserida também dentro do Novo PAC.

Parque da Serra da Canastra integra seis municípios mineiros

O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em 1972. Ele integra os territórios de seis municípios: São Roque de Minas, Capitólio, Vargem Bonita, São João Batista do Glória, Delfinópolis e Sacramento, e está localizado entre as regiões Oeste e Sul de Minas Gerais.

Além da nascente do São Francisco, o parque abriga a imponente cachoeira da Casca D’Anta, com 186 metros de queda livre.

A área do parque está inserida no bioma Cerrado, que é considerado um dos ecossistemas mais ameaçados do País.

Obras foram paralisadas em 2013

Visitar um dos mais belos cartões postais de Minas Gerais não tem sido nada fácil para os turistas. Isso por conta da péssima condição das estradas que dão acesso a principal portaria da unidade. Desde 2013 a obra de pavimentação, que está parada, tem causado transtornos e prejuízos. A empresa responsável pelos serviços chegou a ser multada por parar os trabalhos e não fazer nenhuma obra para evitar problemas no período chuvoso.

As condições da estrada prejudicam também a fiscalização do parque, já que nem os funcionários do local conseguem ter acesso a portaria. “A situação prejudica imensamente porque temos que fazer o serviço de manutenção da unidade, monitoramento, fiscalização e nessas condições não temos carro para subir. Sem contar que quase toda vez que vamos subir quebramos um carro e são veículos 4×4, que supostamente são capacitados para fazer esse tipo de percurso. O trabalho de monitoramento e prevenção de incêndios de fato ficam prejudicados. Além do mais temos um alto gasto de manutenção de veículos. O que ocorre agora é que a gente só vai até o parque quando é extremamente necessário. Todo esse transtorno em razão da péssima condição da estrada”, informavam os funcionários da Parque à época.

Fonte: Observo

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