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segunda-feira, 7 outubro 2024

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No Parque Nacional

Centro de Visitantes

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Localizado a cerca de 500 metros da portaria 1 do Parque Nacional, o Centro de Visitantes tem auditório, pequena biblioteca, exposição de fotos, rochas e outros materiais. O material fornece boas informações gerais sobre o Parque Nacional da Serra da Canastra e outras unidades de conservação. Há também painéis com dados de pesquisas realizadas sobre a fauna e a flora no Parque. Um monitor do Ibama acompanha a visita e informa sobre as normas de visitação.

 

Nascente do Rio São Francisco

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A nascente fica num lindo vale a 1300 metros de altitude e a 6 km da portaria 1 pela estrada que atravessa todo o Parque. Uma placa de pedra indica o lugar onde o “velho Chico” começa a longa viagem de quase 3000 quilômetros até o litoral do Nordeste. A nascente não está claramente definida, mas é formada por dois pequenos córregos que surgem no meio de um charco. É um lugar singelo, com um pequeno capão de mata, uma ponte de madeira sobre o rio e, além da placa, uma trilha de pedras que leva até o monumento erguido na época da criação do Parque: um cercado de pedras emoldurando uma estátua de São Francisco. Aos pés da imagem é reproduzida a famosa oração numa placa de granito.

Embora já incorporado à paisagem depois de décadas, o monumento tem gosto duvidoso, causa impacto devido à localização no meio do charco e já foi vítima de vandalismo. O crucifixo que havia numa das mãos da imagem desapareceu em 1999 e nunca foi reposto.

Curral de Pedras

É uma boa amostra de uma das tradições mais notáveis da Canastra: os muros de pedra construídos sem argamassa. Nesse caso, as pedras constituem um imenso e bem preservado curral de formas arredondadas e com dois ambientes, construído para manejo do gado. É um muro “drobado” (dobrado), com imensos blocos de pedra arrastados com a ajuda de carros de bois. Preste atenção à parte menor e mais redonda do curral, de construção perfeita, e aos interessantes mourões de pedra na entrada dele. Outro detalhe é o aproveitamento de um muro natural que economizou pedra e mão-de-obra na construção do curral.

Também conhecido como Retiro dos Posses (nome de família dos antigos proprietários), o Curral de Pedras é o que restou de um antigo “retiro”, fazenda de uso temporário, geralmente no verão, quando o gado de leite era levado das partes mais baixas da serra o chapadão, planalto que caracteriza o alto da serra, onde desfrutava de melhores pastagens. Devido à destacada altitude em relação ao chapadão, o Curral de Pedras também é ótimo local para observação do pôr-do-sol.

Cachoeira Casca D’Anta

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A maior atração da Canastra pode ser visitada pelo alto da serra ou por baixo, em ambos os casos com acesso relativamente fácil por estradas de terra.

Na parte alta, a 38 km de São Roque de Minas, há o cânion que o rio São Francisco forma para descer a serra, 14 km após a nascente. Tem uma incrível seqüência de cachoeiras e piscinas naturais, algumas inacessíveis. Há um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal, a imensa piscina formada embaixo e o curso do rio até a primeira curva rumo ao Nordeste. O desnível superior a 300 metros proporciona uma das mais lindas vistas panorâmicas da região. O local está todo sinalizado pelo Ibama e é fácil pegar a trilha de 3 km para ir até a parte de baixo. São cerca de 4 horas de caminhada, em média, para ir e voltar. Para iniciar a caminhada, assim como contemplar parte do cânion e chegar ao mirante, é preciso atravessar um córrego que pode ficar perigoso em dias de chuva.

Para chegar de carro à parte de baixo, o visitante deve seguir de São Roque de Minas até a portaria 4 do Parque Nacional, passando pela cidade de Vargem Bonita e pelo povoado de São José do Barreiro (distrito de São Roque de Minas), num percurso total de 40 km. Para ter a aproximação máxima da cachoeira, é preciso deixar o carro no estacionamento e caminhar cerca de 15 minutos por uma trilha no meio da mata ciliar. Preferia fazer a visita, tanto na parte baixa quanto na alta, o mais cedo possível. Em feriados, os dois lugares ficam superlotados depois das 10h00.

A Cachoeira Casca D’Anta tem queda livre de 186 metros. O nome vem da árvore Casca D’Anta (Drimys winteri) que, por sua vez, foi assim batizada porque que tem propriedades medicinais, cicatrizantes. Segundo os pesquisadores, a anta se esfrega no tronco da árvore para curar ferimentos superficiais.

Cachoeira dos Rolinhos, parte alta

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Uma placa e um trevo indicam o caminho até a parte alta da Cachoeira dos Rolinhos, um dos lugares mais visitados da Serra depois da nascente e da Cachoeira Casca D’Anta. O percurso de 10 km, acidentado na época do verão, é também um ótimo passeio para quem quiser uma amostra completa da flora do Parque, com campos limpos, cerrado e matas de galeria. Com um pouco de sorte, o visitante verá também alguns dos animais típicos da região: tamanduá-bandeira, lobo-guará e veado-campeiro.

A Cachoeira dos Rolinhos, com cerca de 300 metros, é a maior da Canastra, mas é impossível avistá-lo da parte alta do Parque (para parte baixa ver Áreas Particulares, nos tópicos abaixo). Mesmo assim, o lugar é de uma incrível beleza, a começar por uma cachoeira menor, formada cerca de mil metros antes, conhecida como do Colibri ou Rasga Canga. Há também várias piscinas naturais boas para banho e até mergulho livre. Em feriados prolongados, procure chegar cedo para não ser incomodado pelo excesso de gente. Importante: ao menor de chuva nas cabeceiras do rio, o local deve ser abandonado, principalmente se você resolveu fazer a trilha que leva da piscina natural até a parte baixa da Cachoeira Rasga Canga, já que é preciso atravessar o rio na ida e na volta.

Na parte onde começa propriamente a formação da Cachoeira dos Rolinhos, dependendo do volume d’água, o rio se divide em até 3 partes para despencar da serra. Quando ocorrem as “enchentes” (o equivalente äs trombas ou cabeças d’água), há uma quarta passagem conhecida como cachoeira seca. O lugar é muito bonito, porém perigoso, principalmente no verão, devido à necessidade de atravessar o rio. A direção do Parque Nacional proibiu o acesso a essa área.

Garagem de Pedras

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A 43 km de São Roque de Minas, a Garagem de Pedras se destaca num mirante natural de frente para a serra paralela à Canastra, a Babilônia. Entre as duas serras está o imenso Vale dos Cândidos, nome emprestado da família proprietária da antiga fazenda onde está a garagem. A casa-sede da fazenda fica a cerca de 2 mil metros, no pé da serra, e foi restaurada para servir de abrigo a pesquisadores. O acesso de carro, quase impossível devido às pedras e à falta de manutenção, está proibido pelo Ibama.

A garagem foi construída para facilitar o acesso à fazenda quando os donos compraram o primeiro carro. Ao chegar à garagem, o dono soltava rojões e os empregados despachavam cavalos encilhados serra acima para que quem chegava não precisasse descer a pé.

São João Batista e Cachoeira do Jota

Localizado a 50 km de São Roque de Minas, 95 km de Araxá e 106 km de Sacramento, o distrito de São João Batista mantém características regionais bem preservadas. O pacato vilarejo é porta de entrada para o Parque Nacional da Serra da Canastra – Portaria 2 e conta com duas belas cachoeiras, a Cachoeira da Gurita e a Cachoeira do Lava-pés. Além dos atrativos naturais, São João Batista foi ponto de passagem de diversos tropeiros ao longo dos séculos e ponto estratégico na colonização do Brasil Central, sendo possível observar na arquitetura de algumas construções um pouco mais desta história.

Portaria 3/Sacramento

A portaria 3, a 78 km de São Roque de Minas, é o acesso ao Parque Nacional mais utilizado por quem sai da região do Triângulo Mineiro. O trecho entre o trevo para São João Batista e essa portaria não tem atrações de destaque, mas vale o passeio para quem estiver interessado em maior observação da fauna e flora. Há longas extensões de campos rupestres com flores e trechos de um cerrado mais vigoroso. Como há menor circulação de veículos, aumentam também as chances de avistar animais.

Em áreas Particulares

Reserva Natural da Cachoeira do Cerradão

Clique aqui para acesso à home-page.

Capão Forro

Conjunto de cachoeiras e piscinas naturais ao pé da serra, a 5 km de São Roque de Minas. Acesso a partir da estrada do Parque Nacional, portaria 1. A origem do nome tem a ver com a época dos quilombos que existiram em toda a região da cabeceira do São Francisco. A palavra “forro” viria de alforria e “capão” significa mata. Tradução: mata do liberto ou do escravo livre. A área engloba 2 fazendas e há 2 trilhas principais: a que leva à Cachoeira do Mato e a Trilha da Picareta, que leva ao camping do mesmo nome, na Fazenda do Chico Chagas. Há outras duas cachoeiras mais próximas, de fácil acesso a partir da entrada principal. É o lugar mais freqüentado depois do Parque Nacional e em feriados às vezes fica cheio demais.
Clique aqui para acesso à home-page.

Cachoeira do Rolador

Área particular inabitada a 500 metros da portaria 1 do Parque. Os proprietários permitem acampamento no local, que possui várias piscinas naturais de pequena profundidade. Tornou-se um reduto de camping selvagem e às vezes o lugar fica superlotado. O nome vem de um acidente: uma caminhonete sem freios saiu da estrada nesse ponto e rolou ribanceira abaixo.

Poço das Orquídeas

A área pertencente à Cooperativa Agropecuária de São Roque de Minas é também conhecida como Lagoa dos Patos, uma referência a uma pequena lagoa que teria secado. O nome Poço das Orquídeas já é resultado das primeiras explorações eco-turísticas da região e faz referência à maior atração da imensa fazenda de quase 560 hectares: uma piscina natural arredondada, com praia de cascalho, pequena cachoeira e muitas árvores com orquídeas. A fazenda faz divisa com o Parque Nacional e o acesso é através da Fazenda Bicame (o nome significa bica d’água e é uma referência ao sistema de abastecimento da cidade de São Roque de Minas). A trilha até o Poço das Orquídeas passa pela formação rochosa conhecida como Pedra Gigante, vários mirantes e nascentes, tudo numa paisagem de campos limpos. Em dias de neblina, o passeio fica perigoso devido à possibilidade de desorientação.

Cachoeira do Antonio Ricardo

É conhecida também como Cachoeira dos Leite (isso mesmo, no singular, porque é nome de família, embora seja usado compreensivelmente também no plural). O mesmo nome do povoado rural pertencente a São Roque de Minas e de onde se tem uma bela vista da cachoeira. Fica a 25 km de São Roque de Minas via Estrada do Cerradão/Beira da Serra. Antonio Ricardo é um dos mais antigos e populares fazendeiros da região. A cachoeira, na verdade, são várias. A seqüência termina num cânion de imensas paredes de rocha que lembra um pouco o da Casca D’Anta. O acesso à cachoeira principal exige uma caminhada pesada, de aproximadamente 2 horas que deve ser feita sempre em companhia de um guia local. Um passeio mais leve é a trilha pela margem do rio (e em alguns pontos dentro dele) até a queda d’água menor, na saída do cânion. No caminho, há um desmoronamento gigantesco de rochas que chega a formar pequenas grutas e encobrir uma parte do rio. Lugar muito perigoso em dias chuvosos, com travessia de rio e possibilidades de desorientação.

Cachoeira do Vento

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Situada em terras também pertencentes ao sr. Antonio Ricardo, o nome faz referência ao espetáculo proporcionado pela cachoeira: delicada devido ao pequeno volume d’água e alta (cerca de 150 metros), ela é movida pelo vento, mudando de forma o tempo todo.

Além disso, varia de uma a 3 ramas dependendo da época do ano e do volume d’água. Tem boas piscinas para banho. Trilha difícil, pouco utilizada, de cerca de 4 horas (ida e volta). Deve ser feita somente na companhia de um experiente guia local.

Cachoeira do Quilombo

A 30 km de São Roque de Minas está a cachoeira cujo nome também remete ao tempo dos quilombos. É formada pelo córrego de mesmo nome que nasce no Parque Nacional. Tem mais de 100 metros de altura, 3 lances e várias piscinas naturais. Trilha pouco utilizada, em área particular e que deve ser feita somente em companhia de um guia experiente.

Cachoeira dos Rolinhos

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Também conhecida como Cachoeira do Rolinho ou Rolim, é a mais alta da Canastra, com cerca de 300 metros. Fica a 40 km de São Roque de Minas e a estrada só deve ser percorrida por veículos 4 x 4.

De longe já se tem uma vista espetacular, principalmente no verão. Para chegar embaixo é preciso enfrentar uma trilha pouco utilizada de aproximadamente 2 horas. A queda se divide em várias outras na descida do paredão e há boas piscinas, tudo porém de difícil acesso. É imprescindível fazer o passeio na companhia de um guia local experiente.

O nome vem da ave com alteração do gênero: Rolinha, pequena rola, substantivo feminino. Mas a origem tem uma história mais complexa: a cachoeira teria sido batizada quando um boi carreiro morreu arrastado pelas águas. O boi se chamava “Rolim”, uma corruptela de Rolinho.

 

Cachoeira do Fundão

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Localizada a 52 km de São Roque de Minas, a Cachoeira do Fundão destaca-se pela beleza do conjunto. As águas límpidas do rio Santo Antônio despencam de uma altura de 80 metros diretamente numa piscina natural de forma arredondada, que recebe sol praticamente o dia todo.

Para chegar à cachoeira do Fundão é preciso percorrer boa parte do Parque Nacional pela estrada principal (Portaria 1). O percurso todo tem conservação precária, especialmente os últimos 10 km, e só deve ser feito em veículos 4 x 4, preferencialmente acompanhado de guia profissional.

Depois de estacionar o carro, tem uma trilha de cerca de 1.500 metros com a travessia de um pequeno riacho e uma “escalaminhada” nas pedras da margem direita do rio.

Na paisagem, pelo caminho de grandes vistas panorâmicas, é possível avistar animais típicos da serra, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o veado-campeiro.

 

Cachoeira da Lavra

Depois da Casca D’Anta, é a mais importante atração no chamado paredão sul da Canastra. Fica numa região de antigos garimpos, aos quais remete o próprio nome do rio e da cachoeira. São mais de 100 metros de queda em rampa, com boas piscinas e duchas no final. Acesso difícil e trilha que exige de 2 a 3 horas de caminhada. Exige travessia do rio e passagem por outros trechos perigosos, principalmente no verão. Imprescindível a companhia de guia local experiente.

Gruta do Tesouro

A maior e mais conhecida gruta da Canastra fica numa fazenda a 18 km de São Roque de Minas, próximo ao distrito de Sobradinho. Tem belas formações de estalactites e estalagmites, rio subterrâneo e pequena cachoeira. São quase 2 horas de visita, com trechos difíceis onde a pessoa precisa rastejar ou ficar com água até a altura do peito. Pode ser perigosa no verão, devido às chuvas que podem elevar repentinamente o nível do rio. As visitas são monitoradas pela própria família do proprietário, sr. Miguel, que aluga até lanternas. É recomendável estar acompanhado também de um guia local contratado em São Roque de Minas. Como equipamento de segurança, exija no mínimo capacete e lanternas reservas.

Desemboque

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O vilarejo histórico de Desemboque pertence a Sacramento e fica no extremo oeste da Serra da Canastra, próximo à portaria 3 do Parque Nacional. É a povoação mais antiga da região e marco de toda a colonização do Brasil central. Fundado em 1743, foi sede de comarca e chegou a ter cerca de 1.500 habitantes no auge do garimpo de ouro. Fica às margens do rio das Velhas (nome dado à fase inicial do Araguari), um dos rios da Bacia do Paraná que nascem na Serra da Canastra. Da época da fundação restam duas igrejas bem conservadas onde se reuniam a classe dominante e os escravos. A construção mais imponente e de maior valor histórico é a Matriz de Nossa Senhora do Desterro do Desemboque, iniciada justamente em 1743.

Atualmente, o povoado tem pouco mais de 20 casas e 100 moradores. O lugar é famoso também por ser a terra natal do ator Lima Duarte.

A classificação por graus de interesse baseia-se exclusivamente em critérios da Tamanduá Ecoturismo.

A lista de atrações acima não tem a pretensão de ser um levantamento completo das atrações da Canastra, uma região imensa e ainda pouco conhecida. Limitamo-nos a relacionar lugares abertos à visitação sobre os quais temos informações seguras e para onde o acesso é possível pelo menos com veículos 4×4. Em todos os casos, principalmente naqueles não mencionados aqui, é recomendável a contratação de um guia local para maior segurança e conforto do turista.

 

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