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segunda-feira, 7 outubro 2024

Parque Nacional



Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra tem aproximadamente 93 mil hectares demarcados e parte do território de 6 municípios: São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento, Delfinópolis e Capitólio, no Sudoeste de Minas Gerais.

A área reúne basicamente dois maciços: a Serra da Canastra e a Serra das Sete Voltas, com o vale dos Cândidos no meio. As altitudes variam entre 900 e 1.496 (torre da Serra Brava) e a vegetação predominante são os campos rupestres, com manchas de cerrado e matas ciliares.

O relevo acidentado e a vegetação rasteira produzem uma paisagem única, com grandes vistas panorâmicas e muitas cachoeiras com altura acima dos 100 metros.

As características do relevo e da vegetação favorecem também a observação de animais selvagens, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro (ver flora/fauna).


As temperaturas são amenas. A média fica em torno de 17 graus no inverno e 23 graus no verão. O índice pluviométrico anual varia entre 1.300 e 1.700 mm, com a maior parte das chuvas concentrada no período de dezembro a fevereiro.

O grande objetivo da criação do Parque Nacional da Serra da Canastra foi a proteção das nascentes do rio São Francisco, o curso d’água mais conhecido que brota no imenso chapadão em forma de baú ou canastra.

A Serra da Canastra é uma espécie de berçário de rios situado bem no divisor de duas bacias hidrográficas: a do rio Paraná e a do rio São Francisco. Da bacia do Paraná, um dos rios mais conhecidos que nascem no chapadão é o Araguari, também chamado de Rio das Velhas na parte inicial. Foi às margens dele que no século 18 surgiu o garimpo de ouro que deu origem à histórica vila de Desemboque, marco de toda a ocupação do Brasil Central.

Galeria de Fotos

Atualmente o parque tem uma área 197.971,96 hectares, mas apenas aproximadamente 93mil já estão regularizados. A área originalmente prevista para o Parque era de 200 mil hectares, como consta do Decreto número 70.355, de 3 de abril de 1972 (ver pdf abaixo) e incluía toda a região da Serra da Babilônia. A área foi reduzida devido ao custo das desapropriações, mas agora está sendo objeto de uma revisão que começou em 2001.

A implantação do Parque foi traumática para a região, porque a área desapropriada tinha dezenas de fazendas, uma delas praticamente em cima das nascentes do “velho Chico”. Os fazendeiros foram resistindo e protelando a saída até serem retirados à força pela Polícia Federal, dez anos mais tarde. Alguns fazendeiros discutem na justiça até hoje o valor das indenizações.

O Parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio, através do escritório mantido em São Roque de Minas, a cidade mais próxima (8 km) da portaria 1. Praticamente todos os funcionários são moradores de São Roque de Minas e Sacramento. Uma estrada de 60 km corta o Parque de fora a fora e vias secundárias dão acesso a algumas das principais atracões, como o Retiro de Pedras (área da primeira fazenda instalada na região), a parte alta da cachoeira dos Rolinhos, o cânion do rio São Francisco e a parte alta da Cachoeira Casca D’Anta.

Veja abaixo o regulamento do Parque Nacional da Serra da Canastra

Regulamento do Parque

  • Horário de visitação: 8h00 às 18h00. Atenção: Acesso permitido somente até as 16:00.
  • Horário especial: Pessoas a pé e de bicicleta podem entrar no parque a partir das 4:00 da manhã e sair até as 21:00. E também de carro desde que acompanhadas por um condutor credenciado.
  • Velocidade de tráfego nas estradas: Máximo de 40 km/hora.
  • Lixo: Recomenda-se usar as lixeiras instaladas nos principais pontos ou de preferência recolher o lixo e entregá-lo em uma das portarias.

É proibido na área do Parque Nacional:

  • Entrada e consumo de bebidas alcoólicas.
  • Uso de equipamento coletivo de som.
  • Prática de esportes radicais como rapel, canioning, tirolesa, pêndulo e escalada.
  • Entrada de animais domésticos.
  • Uso de armas e material de caça e pesca.
  • Coleta de rochas, plantas e animais de qualquer tipo ou espécie.

Infrações:

  • As infrações ao regulamento podem resultar em punições para o visitante, desde a expulsão da   área do Parque até o pagamento de multa ou prisão em flagrante.

Recomendações gerais:

  • Evite entrar no parque entre 10:00 e 14:00 horas. É o período com maior concentração de visitantes e tempo de espera nas portarias.
  • Transitar somente por trilhas conhecidas e sinalizadas, de preferência na companhia de um guia ou monitor credenciado.
  • Levar sempre capa de chuva e agasalho em qualquer época do ano.
  • Usar boné ou chapéu e filtro solar para evitar queimaduras.
  • Não caminhar nas trilhas quando houver cerração.
  • Atenção para a trilha da Casca D’Anta (parte alta para parte baixa e vice-e-versa: reserve pelo menos 5 horas com luz solar para essa caminhada).
  • Usar calçado confortável, fechado e com solado antiderrapante.
  • Afastar-se dos rios e córregos ao primeiro sinal de chuva.

Mapas

Mapa Parque Nacional Serra da Canastra
Ampliação do Parque
Ampliação do Parque

Legislação do Parque

 download Ampliação do Parque
 download Plano de Manejo
 download Decreto 70.355 de 3 de abril de 1972
 download Decreto 74.446 de 21 de agosto de 1974 (revogado)
 download Decreto 74.447 de 21 de agosto de 1974 (revogado)
 download Decreto 00.000 de 5 de setembro de 1991 (revogado)

Avaliação de Riscos no Parnacanastra – Relatório do Serviço Geológico do Brasil

Foram estudados 21 atrativos do Parque Nacional e em 18 foram encontrados focos de perigo de acidentes naturais que podem representar riscos aos visitantes.
O relatório não sugere a interdição dos atrativos, porém recomenda atenção às sinalizações e medidas de prevenção. Confira o relatório na íntegra: https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/22807

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