Publicação é resultado de pesquisa financiada pelo CNPq sobre efeitos do fogo em vertebrados da unidade
Foto: Acervo
Foi lançada nesta quinta-feira (17) a publicação “Fogo e Fauna na Canastra – Guia de Mamíferos”, resultado do projeto “Efeitos do fogo sobre abundância e diversidade de vertebrados do Parque Nacional da Serra da Canastra”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O projeto busca monitorar os efeitos do fogo sobre os vertebrados utilizando armadilhas fotográficas e DNA ambiental. As coletas de campo ocorreram antes e após a passagem do fogo em ambientes campestres da unidade. Entre os anos de 2023 e 2024, os pesquisadores monitoraram nove áreas: três onde ocorreram incêndios, três onde ocorreram queimas prescritas realizadas pela gestão do Parque e com finalidade ecológica e as outras três, onde ocorreram queimas controladas com finalidade econômica realizada por produtores de queijo Canastra no interior do Parque.
O material registrou 19 espécies de mamíferos, sendo seis delas em risco de extinção (Vulnerável). Além disso, foram detectadas duas espécies exóticas invasoras. A publicação ilustra com fotos exemplos das espécies detectadas, o período de atividade (diurno, noturno ou ambos), o tipo de registro (DNA Ambiental ou armadilha fotográfica), tipos de fogo das áreas em que foi registrado (sem fogo, queima controlada, queima prescrita ou incêndio florestal), peso, dieta e peso aproximado.

“O que a gente percebeu é que a quantidade histórica de fogo moldou a biodiversidade, seja pelo fogo controlado, que sempre existiu na região, até as queimas prescritas”, conta um dos autores da publicação, o analista ambiental do Instituto Chico Mendes, Christian Berlinck.
Berlinck ainda diz que um ponto que chamou a atenção é que se encontra alta diversidade biológica nas áreas onde ocorre historicamente a queima controlada para a manutenção do pasto nativo e produção do queijo Canastra. Nesses ambientes, os produtores fazem fogo anualmente associado à pastagem. “Então, tem-se um mosaico de vegetação e uma fauna associada a esse mosaico, com alta diversidade biológica”, conta Berlinck. “O veado-catingueiro foi uma espécie que nos chamou a atenção, pois só o encontramos nestas áreas de produção de queijo Canastra”, complementou.
Fonte: Gov.br
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