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quinta-feira, 2 maio 2024

Astro da gastronomia, queijo canastra é importante atração turística



Além de conquistar paladares e prêmios internacionais, o patrimônio imaterial brasileiro chama a atenção de visitantes para a Serra da Canastra e para BH

Foto: O canastra e seu “terruá” vêm conquistando prêmios importantes na França, a terra do queijo (foto: Franciely Eduarda/divulgação)

Você sabia que um modo artesanal de fazer queijo em Minas Gerais se tornou patrimônio imaterial brasileiro? O título foi concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2008, ao mundialmente famoso queijo canastra produzido na serra que lhe dá nome, no Sudoeste do nosso estado. A iguaria é protagonista do terceiro episódio da série documental “Turismo transforma”, da Embratur.

De acordo com a coordenadora de Cultura e Gastronomia da Embratur, Ana Paula Jaques, a maneira artesanal de fazer queijo canastra torna o sabor original, levando-o a conquistar dezenas de premiações internacionais, principalmente em festivais da França, a terra do queijo.

Além disso, o produto mineiro é o primeiro bem agroalimentar candidato ao título de patrimônio mundial da humanidade.

“O canastra é feito só com leite cru, coalho, pingo (fermento artesanal) e sal. A isso se juntam o fazer daquela região banhada por águas cristalinas de cachoeiras, com vegetação de mata nativa, e o saber de mestres artesanais. O resultado é o queijo que só pode ser feito naquele território. Esse ‘terruá’, que veio da palavra francesa terroir, ao lado dos ingredientes, nos dá um produto com alto valor agregado. Levado pelos produtores à França, ele volta de lá com medalhas de ouro, desbancando os queijos franceses”, comenta a coordenadora da Embratur.

Ana Paula Jaques lembra que o sucesso do queijo tem impulsionado o interesse turístico tanto pela Serra da Canastra quanto por Belo Horizonte, capital reconhecida pela qualidade de sua gastronomia.

“Temos sol e praia, mas também temos turismo gastronômico e as rotas do queijo da Serra da Canastra, como está retratado no vídeo. Turismo é feito de pessoas para pessoas. Valorizar o modo artesanal de fazer queijo é um convite para que isso entre no imaginário do turista internacional, atraindo-o ao Brasil não só para comer o queijo, mas para conhecer produtores, visitar as propriedades e se conectar com as pessoas”, enfatizou.

Como sou pesquisadora de sabores, descobri a Serra da Estrela na primeira vez em que fui a Portugal, enquanto vagava pelo interior. Ali é produzido o melhor queijo do mundo, na minha opinião. Difícil de encontrar, o queijo da Serra vale todo o tempo gasto em sua procura.

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