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quinta-feira, 2 maio 2024

Cooperativa assegura recursos e melhoria de vida para produtores de queijo da Canastra



Ações da entidade permitem acesso a capacitações e tecnologias na produção, acesso a mercados e participação em eventos e concursos

João Carlos Leite, o Joãozinho, participou da fundação da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), da qual já foi presidente — Foto: Divulgação/Sebrae Minas

Os queijos artesanais já se transformaram em símbolo do Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais e do Brasil, sendo fonte de renda e emprego para cerca de 30 mil famílias em pelo menos 600 cidades mineiras, segundo estimativa da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). Na Região da Canastra, a iguaria carrega a cultura e tradição centenária dos produtores locais, que valorizam a qualidade e a sustentabilidade dos produtos que são comercializados no mercado, e elevam o nome do território internacionalmente.

A transformação na vida das famílias com a produção de queijo teve salto após a criação da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de São Roque de Minas Ltda (SICOOB Sarom), em 1991. A partir dali, os produtores melhoraram os processos de governança, tiveram acesso a novas tecnologias e capacitações no processo de produção e atingiram novo patamar na comercialização do produto, por meio da presença em eventos, festivais e concursos.

A cooperativa atua em parcerias com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Seapa, Sebrae Minas, Sistema Faemg Senar e várias instituições de ensino. Hoje, a entidade conta com cerca de 44 mil cooperados e está presente em 15 municípios, com o objetivo de fortalecer a economia da região.

Desde 2013, Sebrae Minas vem atuando na realização de diagnósticos, capacitações para a melhoria da qualidade dos queijos da Canastra, gestão e organização dos negócios — Foto: Divulgação/Sebrae Minas

A SICOOB Sarom encerrou o ano passado com uma distribuição de R$ 5,9 milhões aos cooperados em conta capital, dos quais R$ 2,3 milhões foram distribuídos por relacionamento e R$ 3,6 milhões referentes ao pagamento de juros ao capital. Além disso, nos últimos cinco anos foram investidos R$ 30 milhões em ações de desenvolvimento local e participação nos resultados.

Quem esteve à frente do trabalho da SICOOB Sarom desde o começo foi o engenheiro agrônomo e produtor João Carlos Leite, o Joãozinho da Canastra, de 58 anos. Atual presidente da entidade, ele acredita que é possível avançar ainda mais na atividade a partir do investimento nos processos produtivos. “O Queijo Canastra valoriza o ambiente, a cultura de fabricação e a flora microbiana da nossa região, e tem altíssima qualidade para propiciar novos sabores. Quando você alia isso ao processo de produção com boas práticas, você melhora o aspecto sensorial dos queijos”, afirma.

A partir da cooperativa de crédito, Joãozinho também participou, em 2005, da fundação da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), da qual já foi presidente. Com o apoio do Sebrae Minas, a entidade estimula a união dos produtores em torno de objetivos comuns, busca o acesso a novos compradores e protege a origem produtora. “Nosso objetivo é organizar, fomentar, fiscalizar a produção e garantir que o queijo seja protegido, evitando que outros produtores não se apropriem do nome da região”, explica Joãozinho. Atualmente, a Aprocan trabalha diretamente com 75 produtores associados, mas os resultados do trabalho da entidade podem ser percebidos em toda o território.

Diagnósticos

Desde 2013, o Sebrae Minas tem apoiado os pequenos produtores de queijo da região da Serra da Canastra. A instituição auxiliou na realização de diagnósticos, capacitações para a melhoria da qualidade do produto, gestão e organização dos negócios, além da promoção do queijo da Canastra e a criação de uma estratégia para a valorização da identidade e origem do produto.

Em uma das iniciativas, a Região da Canastra foi a primeira a utilizar a “etiqueta de caseína” no Brasil, que foi desenvolvida a partir da proteína do leite e de carbono vegetal. O selo, que representa a Indicação de Procedência da Canastra, permite aos consumidores comprovar a origem e a legitimidade dos queijos produzidos na região, além de inibir a falsificação e permitir a rastreabilidade do produto.

“Essas ações protegem a identidade e fortalecem a representatividade do queijo da Canastra no mercado, possibilitando o aumento da renda do produtor e, consequentemente, a melhoria da sua qualidade de vida”, ressalta o analista do Sebrae Minas Ricardo Boscaro.

Clique na imagem abaixo e assista ao vídeo.

A força do queijo da Canastra

Fonte: https://redeglobo.globo.com

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