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sexta-feira, 19 abril 2024

5 fatos desconhecidos sobre o rio São Francisco



O dia 3 de junho é dedicado ao Velho Chico, o maior rio em extensão a nascer e desaguar no Brasil e um dos mais importantes do país

Foto: Climatempo (Getty Imagens)

O dia 3 de junho é dedicado ao Velho Chico,  como é carinhosa e respeitosamente chamado o rio São Francisco. Ele é o maior rio em extensão a nascer e desaguar no Brasil e um dos mais importantes do país.

O rio São Francisco atravessa os estados de Minas Gerais e Bahia, impõe a fronteira entre Bahia e Pernambuco e é a divisão natural entre os territórios de Sergipe e Alagoas, onde deságua no Atlântico. É o maior rio totalmente brasileiro. Batizado em homenagem ao santo católico “ambientalista”, ele é um rio do Cerrado e da Caatinga que sobreviveu a uma transposição para levar suas águas a regiões semiáridas mais ao norte da região Nordeste. 

Como sertanejo que é, tem sido um forte. Mas hoje, está em risco e depende de uma política pública efetiva que preserve sua vitalidade para as futuras gerações. O dia 3 de junho é o Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco.

Este curso d’água cantado em verso e prosa Brasil afora, ainda é desconhecido em vários aspectos. O projeto O Clima que Queremos reuniu alguns desses dados que ajudam a conhecer melhor o rio da Integração Nacional.

5 fatos desconhecidos sobre o Rio São Francisco 

1 – Cresceu no século 21

Parece ficção científica, mas neste século, o rio São Francisco ganhou 49 km em extensão. A “mágica” tem a ver com novas descobertas científicas que corrigiram a localização da nascente, resultado de estudos técnicos iniciados em 2001 pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos São Francisco e do Parnaíba). O rio cresceu e a preocupação sobre ele também: a verdadeira nascente, que é o rio Samburá, até hoje está sem proteção adequada e sob pressão de projetos de irrigação e desmatamento das matas ciliares. 

2 – Tem duas nascentes

Com essa descoberta, o Velho Chico passou a ter duas nascentes. A chamada nascente geográfica, local de onde realmente surgem as primeiras águas que alimentam o ribeirão, está no Rio Samburá, na cidade de Medeiros (MG). A nascente histórica, que por 200 anos foi considerada seu primeiro fluxo de vida, está em São Roque de Minas (MG), dentro do Parque Nacional. A primeira cachoeira deste rio é também a maior delas e está dentro do parque: a imponente Casca D’Anta, com 186 metros de queda.

3 – Está perdendo água

Um estudo de 2021 conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas, constatou que o Rio São Francisco, maior reservatório do Nordeste, perdeu em 35 anos mais de 30 mil hectares de superfície de água (a parte do território que está coberta de água), o que corresponde a cerca de 4% do seu volume total. Os maiores riscos de seca historicamente estiveram associados à do Baixo São Francisco, mas a pesquisa identificou condições crescentes de seca também no Alto e Médio São Francisco. Lá estão localizadas as usinas hidrelétricas de Três Marias, Sobradinho e Luiz Gonzaga, que correm risco se os períodos de estiagem continuarem extremos.

4 – Nunca esteve tão cheio

Contraditoriamente, as chuvas extremas que caíram sobre Minas Gerais e sobre o Nordeste no verão de 2022 levaram o rio a uma cheia histórica, que multiplicou por nove seu volume de água. Tanto as secas como as cheias extremas são perigosas para a população ribeirinha e prejudicam atividades econômicas do entorno. A frequência e a intensidade de eventos de seca e cheia no Velho Chico estão sendo agravadas pelas mudanças climáticas em nível global e pelo desmatamento das margens e assoreamento em nível local.

5 – Produz energia solar

Que o São Francisco tem hidrelétricas, todo mundo sabe, mas ele também está produzindo energia do sol, por meio de placas solares flutuantes. O projeto pioneiro no Brasil foi instalado no reservatório de Sobradinho (BA) em 2019. Apenas um trecho (cerca de 10%) da superfície dos reservatórios das hidrelétricas poderia ser ocupada pelas placas por razões ambientais. Esse sistema é empregado em larga escala na Ásia e pode ajudar o Brasil a aumentar a participação da energia do sol na matriz elétrica. Isso ajudaria a livrar o país das termelétricas, que produzem energia cara e que contribui para as mudanças climáticas. 

Foto: Climatempo

Fonte: www.terra.com.br

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