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quinta-feira, 25 abril 2024

Serra da Canastra: off-road, gastronomia e experiências personalizadas



foto: Rio São Francisco, na Serra da Canastra / Imagem: Rafaela Borges/UOL

por: Rafaela Borges – colunista: uol

Na pandemia, a procura por experiências exclusivas cresceu, inclusive entre os adeptos das trilhas off-road. No período de isolamento, viver aventuras ao ar livre com um toque de sofisticação – e sem necessidade de estar em grupos de turistas – tornou-se uma prática comum entre aqueles que queriam manter suas viagens, mas em segurança. Essa busca por vivências perdurou com o início da vacinação e a retomada quase integral das viagens. Empresas especializadas, hotéis e pousadas passaram a oferecer cada vez opções exclusivas e personalizadas a seus clientes e hóspedes. A coluna foi viver uma dessas aventuras na Serra da Canastra, em Minas Gerais.

Serra do Quilombo – Imagem: Rafaela Borges/UOL

Para quem vive em São Paulo ou no Rio de Janeiro, um dos destinos off-road mais óbvios é a Serra da Mantiqueira. Mas, nos últimos anos, a Serra da Canastra vem ganhando evidência tanto por suas paisagens e cachoeiras quanto pelas tradições gastronômicas. Para desvendar a Serra da Canastra, escolhemos a região de Delfinópolis. Há, no entanto, outros locais que podem ser ponto de partida, como São Roque de Minas e Capitólio, por exemplo.

Passeios off-road: o que ver na Serra

Para explorar a serra, escolhemos um Jeep Commander Overland a diesel, com tração 4×4. O mais novo carro da marca americana não é um Wrangler, ou um Defender, dois dos modelos com maior aptidão off-road no mercado. Porém, é aquele automóvel bom para o dia a dia e com capacidade de nos levar a paisagens incríveis.

Cachoeira do Quilombo / Imagem: Rafaela Borges/UOL

Isso porque, apesar do sistema 4×4 por demanda, tem sistema de bloqueio e recurso que, a partir da primeira marcha, simula reduzida. Além disso, traz modos de condução que preparam o carro para variadas situações off-road.

Rodamos cerca de 100 quilômetros fora de estrada na Serra da Canastra, em um programa exclusivo criado pela empresa Trailway Off-Road (www.trailway.com.br). O percurso incluiu as famosas cachoeiras da região, o rio São Francisco e muitas montanhas que oferecem vistas panorâmicas da Serra.

Serra Branca / Imagem: Rafaela Borges/UOL

O passeio começou pela Serra do Quilombo. Por lá, além de vistas, há a cachoeira de mesmo nome, uma das mais famosas da região (trata-se de um conjunto de quedas em vários níveis). Já a Serra Branca recebe esse nome por causa da cor de seu chão. A subida exige o uso de recursos 4×4 como a reduzida.

Serra da Bateinha / Imagem: Rafaela Borges/UOL

Em seguida, veio a Serra da Bateinha, a parte mais desafiadora do passeio. Por uma trilha estreita e cheia de pedras, chegamos ao topo para ver um dos cenários mais bonitos da região, marcada por um imenso vale.

Cachoeira Casca D’Anta / Imagem: Rafaela Borges/UOL.

Chegamos então à Casca D’Anta, a primeira grande queda d’água do Rio São Francisco. A alta cachoeira está localizada dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra. O passeio terminou em um belíssimo trecho do rio São Francisco, sobre uma antiga ponte que ressalta a beleza do local.

Rio São Francisco / Imagem: Rafaela Borges/UOL

O Rio São Francisco, aliás, tem sua nascente na Serra da Canastra. Entre a Casca D’Anta e o rio, vale a parada no Quintal da Canastra Empório e Café para comer um sanduíche de pão de queijo e experimentar um dos melhores queijos Canastra da região. O local fica a 3 km da queda, na Estrada São José do Barreiro.

Experiências

Para hospedagem, escolhi a pousada Vale do Céu (links.valedoceu.com.br), que ocupa uma área de 90 hectares. É rodeada pela serra e por algumas famosas cachoeiras da região – há uma trilha que sai da própria pousada para acessar esse conjunto de quedas.

Vale do Céu / Imagem: Rafaela Borges/UOL

A escolha do local foi por seu pacote de experiências personalizadas, e por reunir aventura, gastronomia e cultura. Há, por exemplo, uma mostra de objetos e arte, que inclui carros antigos, antigos relógios e esculturas sacras.

Exposição de carros antigos na pousada / Imagem: Rafaela Borges/UOL.

O grande destaque da pousada, no entanto, é a oferta de pacotes personalizados, ao gosto do cliente. Há jantares preparados exclusivamente por chefs de cozinha e até passeios de balão. Os pacotes podem ser consultados por meio da central de reservas da pousada (19 99684-5282), que também tem atendimento por WhatsApp.

Experiência mostra como preparar queijo Canastra / Imagem: Rafaela Borges/UOL

Eu escolhi o jantar personalizado e uma aula sobre a produção do queijo Canastra, que recentemente apareceu em uma pesquisa internacional como um dos melhores do mundo.

A pousada de estilo colonial tem hospedagem em charmosos quartos, chalés e casas completas, com preços a partir de R$ 780 por dia e pensão completa. Embora esteja geograficamente localizada em Delfinópolis, o acesso mais fácil é por São João Batista do Glória.

Chalés da pousada Vale do Céu / Imagem: Rafaela Borges/UOL

A pousada fica a 420 km de São Paulo, mas a viagem leva quase seis horas, pois boa parte do trajeto é feita por vias de pistas simples. De Belo Horizonte, são 380 km e do Rio de Janeiro, 635 km.

Fonte: UOL

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